Tendo
como exemplo ainda quente o que aconteceu em Pedrógão, depois da procura de
culpados e promessas de medidas ‘inadiáveis’ e das ajudas que chegam tarde e a
más horas, quando chegam, e mais inquéritos e comissões, depois de assentarem
as cinzas tudo voltará às preocupações comuns.
A extensa área destruída ficará
ao abandono, ninguém irá reconstruir os seus lares naquele deserto inóspito, só
os eucalipteiros ficarão atentos, não
se manifestam já, matreiros esperam a sua oportunidade e a complacência dos que
encenam o pesar.
Entretanto,
as estações do ano suceder-se-ão e a natureza cumprirá os seus ciclos
renovando-se, o mato crescerá, matéria de combustão fácil, dentro de algum
tempo o fogo fará a limpeza sazonal sem ou com menos vítimas.
Não
se tem feito nada, absolutamente nada de estrutural, e, se nesses espaços passássemos
a produzir mais leite e carne p. ex., Bruxelas estabeleceria quotas, preços,
travões para o nosso desenvolvimento.
É
isto, o resto é tudo conversa para boi dormir, como se diz no Brasil, onde o
gangsterismo se manifesta de outro modo, mas com as mesmas consequências.
O mal-estar do povo
1 comentário:
O negócio dos fogos, ou a „Indústria dos Incȇndios“ ,que como toda e qualquer empresa capitalista tem como única finalidade o lucro, não respeita nem tem qualquer interesse pela vida humana, nem pelos prejuízos ecológicos que as suas actividades possam causar.
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