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«Continuou: Um homem tinha dois
  filhos. Disse o mais moço a seu pai: Meu pai, dá-me a parte dos bens que me
  toca. Ele repartiu os seus haveres entre ambos. Poucos dias depois o filho
  mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para um país longínquo, (Paris?) e lá dissipou
  todos os seus bens, vivendo dissolutamente. Depois de ter consumido tudo,
  sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidades. Foi
  encostar-se a um dos cidadãos daquele país, e este o mandou para os seus
  campos guardar porcos. Ali desejava ele fartar-se das alfarrobas que os
  porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Caindo, porém, em si, disse: Quantos operários de meu pai têm pão com fartura, e
  eu aqui estou morrendo de fome! Levantar-me-ei, irei a meu pai e dir-lhe-ei:
  Pai, pequei contra o céu e diante de ti: já não sou digno de ser chamado teu
  filho; trata-me como um dos teus diaristas. Levantando-se, foi para seu
  pai. Estando ele ainda longe, seu pai viu-o (estava em Évora) e teve compaixão dele e,
  correndo, o abraçou e beijou. Disse-lhe o filho: Pai, pequei contra o céu
  e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. O pai, porém,
  disse aos seus servos: Trazei-me depressa a melhor roupa e vesti-lha, e ponde-lhe
  um anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também o novilho cevado, matai-o,
  comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho era morto e reviveu, estava
  perdido e se achou. E começaram a regozijar-se. Seu filho mais velho
  estava no campo; quando voltou e foi chegando à casa, ouviu a música e a
  dança: e chamando um dos criados, perguntou-lhe que era aquilo. Este lhe
  respondeu: chegou teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado,
  porque o recuperou com saúde. Ele se indignou, e não queria entrar; e
  saindo seu pai, procurava conciliá-lo. Mas ele respondeu a seu pai: Há
  tantos anos que te sirvo, sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me
  deste um cabrito para eu me regozijar com os meus amigos; mas quando veio
  este teu filho, que gastou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar
  para ele o novilho cevado. Replicou-lhe o pai: Filho, tu sempre estás
  comigo, e tudo o que é meu é teu; entretanto cumpria regozijarmo-nos e
  alegrarmo-nos, porque este teu irmão era morto e reviveu, estava perdido e se
  achou.» (Lucas
  15:11-32) 
Após
a morte do pai, o irmão mais velho, assim como toda a família, deixou-o
entregue à justiça, não a divina, mas à outra, que é lenta e nem sempre justa,
mas pelo menos chateia, só é pena que o pai já cá não esteja para ver. Não é que faça cá falta. | 
domingo, 13 de maio de 2018
O filho pródigo
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1 comentário:
Parece,que já morto o velho,apareceram outros filhos dissolutos!Uma questão de educação familiar.Abraço
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