Autodefinição (aqui)
Na folha branca de papel faço o meu risco.
Retas e curvas
entrelaçadas.
E prossigo atento e tudo arrisco na procura das formas desejadas.
São templos e palácios soltos pelo ar, pássaros alados, o que você quiser.
Mas se os olhar um pouco devagar,
encontrará, em todos,
os encantos da mulher.
Deixo de lado o sonho que sonhava.
A miséria do mundo me revolta.
Quero pouco, muito pouco, quase nada.
A arquitetura que faço não importa.
O que eu quero é a pobreza superada,
a vida mais feliz, a pátria mais amada.
Óscar Niemeyer
2 comentários:
Confesso a minha ignorancia sobre Niemeyer poeta,conhecia dele,apenas a obra arquitectônica,tao bela como este simples poema.Esta poesia comprometida ê,aquela que realmente me toca.Gostei muito do poema.Vou guarda-lo.
As obras que apresentaste são a maior homenagem aos grandes Papiniano, Nimeyer e Joaquim Benite.
Um beijo.
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