O discurso mediático abre-se
perplexo à mensagem, incrédulos e tateantes avançam com esboços de velhas verdades
desde há muito retidas. Secas e afirmativas aí estão até que as reneguem.
«Este pode ser o grande acto único
da Esquerda em Portugal. Não há memória de algo assim e para um exemplo de
proximidade é necessário recuar ao apoio de Álvaro Cunhal a Mário Soares na
segunda volta das Presidenciais de 86. A capacidade de reacção deste PCP ao
resultado eleitoral foi extraordinária. Em poucos dias, Jerónimo de Sousa,
envolto num resultado seguro mas algo ambíguo devido à ultrapassagem do BE,
afasta o cenário da sucessão nomeando o ex-padre Edgar Silva para futuro
desistente nas próximas presidenciais, disponibiliza-se para um inédito
entendimento de governo com o PS de António Costa (admite-se até que António
Filipe tenha sido aventado para o Ministério da Justiça) e enche um comício em
Lisboa. Pressionado ou não pelo seu poder autárquico, o PCP posiciona-se para
dar a volta ao seu mundo, dando um passo para novas construções.» A Esquerda pode esperar? Miguel Guedes/JN
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