Aproxima-se
o 40º aniversário da independência da República de Angola que Portugal só
reconheceu passados três meses, meados de Fevereiro, encerrando em Maio do
mesmo ano a Embaixada em Luanda. Alguns saudosistas, vendo os portugueses irem «Para Angola, rapidamente e
em força!» deviam ficar agradecidos ao país acolhedor e amigo onde os nossos
compatriotas ganham o pão que a sua terra lhes nega.
Angola é um EstadoSoberano com os defeitos e virtudes de TODOS os outros a nível mundial, não
existindo qualquer razão plausível para ter da nossa parte um tratamento
singular, a não ser que os fantasmas alojados no inconsciente de alguns surjam
periodicamente quando dos aniversários da independência.
Um
dos matutinos ditos referência numa só edição dedicou 16 páginas a Angola e às
liberdades dos angolanos, e os media funcionando na mesma frequência, tornam implícito
que a liberdade dos angolanos só é possível com outro presidente.
Os
cenógrafos continuam o meticuloso trabalho e a encenação deverá estar pronta
para o espetáculo que pretendem a 11 de novembro onde não faltarão repórteres para
recolherem imagens de possíveis protestos.
Foi assim que se
iniciou a destruição da Líbia e do seu ditador, da Síria e do ditador Assad, e
se procura destruir a Venezuela e a Bolívia e os seus ditadores Maduro e Morales, Maduro pior que Pinochet
segundo o socialista Gonzalez, foi assim que se destituiu Manuel Zelaya social-democrata presidente
do Estado Hondurenho, eleito democraticamente e deposto com o clássico pretexto
de sonegar a liberdade. Com a nova presidência foram instaladas bases militares
dos EUA e os jornalistas que os denunciam são assassinados.
Por vezes faz falta parar para refletir um pouco
1 comentário:
O MPLA de J.E.dos Santos não tem nada a ver com o MPLA de Agostinho Neto.Mas também penso que o aproveitamento deste caso,que nem os próprios intervenientes conseguem ter a real dimensão dos seus actos ,pode ser bastante perigoso para o povo Angolano.Abraço
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