«Enquanto um comentador diz muito
simplesmente que “hoje não chove e por isso ainda não vamos ter governo”, o
politólogo diz antes: “A chuva é, em termos kantianos, um transcendental
governativo, isto é, uma condição de possibilidade de formação do governo. E
como estamos em seca...”» António
Guerreiro.
A
capa do ‘Avante!’ surge-me no écran
da televisão ocupando-o na sua total dimensão. Na linguagem vernácula que
mantenho com muitos dos televicratas que se me apresentam agressivos ou melífluos,
a expressão saiu-me de jato: “vai sair merda!” E saiu. O mediático caso Luaty
Beirão e o artigo do Avante!, deixado para o final do programa para ficar bem
gravado na memória dos espetadores, foi deturpado pelos protagonistas que desdenhando
qualquer resquício de honestidade intelectual, rejubilaram com o anticomunismo
a que estamos habituados e que na conjuntura atual tem condições para se
desenvolver.
António Guerreiro na crónica “Comentaristas e politólogos” define magistralmente
estes profissionais do embuste.
No naipe ideológico de painelistas a fazedores de opinião ou politólogos
devem ter em comum o anticomunismo do mais primário ao soft que não afirmando sugere.
Para
aceder a qualquer cargo nos media, não é necessário assinar o vexante e
ridículo documento fascista atestando que não se aceita a ideologia comunista,
pior ainda, é necessário prová-lo.
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