O
Partido Socialista é a esquerda, e para que não restem quaisquer dúvidas houve
a necessidade de apelidar todos os que se afirmem ou sejam de esquerda, como
radicais. A mensagem entrou pela porta larga dos mídia e foi veiculada com a
subserviência e disciplina habitual. A partir de então o socialismo de “rosto
humano”, máscara que embelezava o PS caiu em desuso, o Partido Socialista já não
necessita de se afirmar de esquerda, é a esquerda com todas as virtudes e sem
mácula, socialismo de gabinete palavroso e bem comportado.
As
expressões sibilinas aparentemente inócuas, rebuscadas pela comunicação associal para confundir as forças
políticas que colocam areia ou calhaus na engrenagem do poder, mas marteladas sem
sessar, ressoam na consciência coletiva como verdades incontroversas.
O
estigma de “radical” colado à esquerda que discorde minimamente das diretrizes impostas
pelos mercados-banca, procura afastar da convivência democrática a esquerda que
contrarie os seus objetivos.
Nas
milhares de manifestações realizadas nesta legislatura contra as medidas anti-sociais
deste executivo que o PS diz combater, se alguma vez as incorporou, fê-lo de
tal forma que passou despercebido.
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