quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Trump acusa os media de serem os "inimigos do povo".

Ponhamos de parte a personagem atípica, e vejamos se a afirmação não se adapta à nossa realidade, aceitando como hipótese que as motivações não são as mesmas.

"Os [media] das notícias falsas detestam que eu diga que eles são o inimigo do povo, porque sabem que é verdade. Ao explicar isso, estou a prestar um grande serviço ao povo americano. Eles causam uma grande divisão e desconfiança. E também podem provocar uma guerra! São muito perigosos e doentes!"
«Trump perguntou:
Toda a gente aqui gosta da imprensa?
"Nããão!" Vaiaram os motociclistas
"Acham que a imprensa é justa?"
Perguntou novamente.
Nããão! - vaiaram de novo.»

Mais de cem jornais unem-se e contra-atacam com comunicado conjunto. Mas, contradição das contradições, depois de se afirmarem, livres e independentes, há quem considere a iniciativa inócua ou prejudicial. Por que "Temos de questionar que efeito terá esta iniciativa em pessoas que já não confiam na imprensa, que acham que há muitas notícias falsas.", disse a repórter Hadas Gold no programa Reliable Sources, da CNN

"Quando a pessoa mais poderosa do mundo declara guerra ao jornalismo, há duas respostas possíveis. A primeira é uma rendição, e lamento dizer que alguns de vós parecem ter feito isso, ao normalizarem o que é grosseiramente anormal, e ao deixarem que os vossos inimigos se aproveitem das fraquezas inerentes à profissão de jornalista. A outra é encontrar aliados, dentro e fora da profissão, e partir para a ofensiva – em conjunto", disse Gillmor.

“São muito perigosos e doentes!"

Ora porra!

Ora porra!
Então a imprensa portuguesa é
que é a imprensa portuguesa?
Então é esta merda que temos
que beber com os olhos?
Filhos da puta! Não, que nem
há puta que os parisse.

Álvaro de Campos

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