“Linguagem vulgar,
informal; calão, gíria
O que é malfeito, com
estrutura frágil e funcionamento precário”
Dicionário Houaiss
Se
“as palavras são armas”, e porque assim é, há que as saber manejar para que o
tiro não saia pela culatra. É o que está acontecendo com “geringonça”.
“Geringonça”
atingiu um estatuto de dignidade, passando de ‘linguagem vulgar, informal; calão ou gíria’, a vocábulo usado pelos
media para definir mutações positivas
na vida de todos os portugueses, nomeadamente dos trabalhadores.
“Geringonça” deixou
de significar só “ o que é malfeito ou de
estrutura frágil” para descrever situações de relevo na vida de todos nós.
“Geringonça”
passou a palavra afetiva, que o vulgo pela sua conotação com a realidade, não a
vê como mensageira de malefício, fragilidade ou incerteza.
“Geringonça” será
recordada como bumerangue que feriu todos os fracos atiradores que a arremessaram
sem pensar que a dignificavam. As palavras, como tudo na vida, estão em constante
movimento. Eles não sabem.
1 comentário:
Vi ao lado desta mensagem uma que dizia que a sra. Catarian do BE teria dito que «todos os dias se arrependia»... A ser verdade, não admira, pois que não foi ela que, logo na noite das eleições, teve a ousadia de afirmar com toda a clareza que o PS só não era governo se não quisesse... Isso quando os direitinhas, com o apoio do Cavaco, já se preparavam para serem governo.
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