terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Cavalgando o óbvio

 “Não me importo de morrer, o que não quero é sofrer.”

“Não me importo de morrer, o que não quero é sofrer.”

Embora sendo meia-verdade, a maioria prefere a vida, é no entanto uma frase publicitária que vende bem o antídoto ou a panaceia que dá resposta à preocupação: “Não quero sofrer.”

Os negociantes, atentos ao mercado, apressaram-se a apresentar um produto, embora de eficácia discutível, para acalmar angústias, aguardando em troca o merecido reconhecimento. Em bicos de pés, cada qual defendeu o mesmo sedativo, que só a embalagem os diferenciava.

A não ser por masoquismo, ninguém aspira ao sofrimento, e, muito natural e humanamente, desde que possível devemos tudo fazer para o evitar. O que se torna de difícil entendimento, é que tamanha preocupação só recaia sobre os últimos dias de vida, vidas em muitos casos plena de sofrimento físico e/ou psíquico, quantas vezes possível de evitar.
PORQUÊ?

1 comentário:

Olinda disse...

Foi a defesa da dignidade-de-fim-de-vida.A ausência de dignidade em todo o percurso de vida dos cidadãos,é assunto não discutível.Abraço