terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Contracorrente

Eduardo Lourenço “pensou Portugal”, não viveu Portugal, passeou-se por entre cérebros “ilustres” que mutuamente se elogiavam e… pensavam. Tratavam-se por pensadores que ensaiavam pensamentos.

O 25Abril mal balbuciava, e nesse melindroso momento em que todos nós procurávamos oferecer-lhe tudo o que lhe proporcionasse a liberdade por que lutámos, o ensaísta reuniu-se com outros artistas na Fundação Gulbenkian em Paris, para levantar uma magna questão: “por que é que a intelectualidade portuguesa está ou simpatiza com o Partido Comunista Português?” Tal e qual. Estive lá e intervim, o conluio perdeu o brilho esperado.

Só mais tarde, após ler o estudo de Frances Stonor Saunders Qui Mene La Danse?; La Cia et la Guerre Froide Culturelle” (dez anos de investigações) me apercebi da oportunidade de levantar tamanha preocupação com a intelectualidade portuguesa.

A burguesia escolhe e fabrica as suas estrelas que o tempo desvanece.

 

 

5 comentários:

Olinda disse...

A burguesia escolhe os rendidos ao sistema.Este post contribuiu para olhar com outros olhos EL.Obrigada.

Emilio Antunes Rodrigues disse...

Sempre fiquei de pé a trás com tantos elogios que recebia da intelectualidade burguesa.

Rogério G.V. Pereira disse...

Tivesse eu vindo aqui antes de publicar o que há pouco publiquei e tinha integrado teu post no meu...

Cheguei tarde, não deu!
ou, então, vai dar

Monteiro disse...

Não me convenceu nada e quem era ele para ser Conselheiro de Estado? Melhor não teria sido José Saramago? Se é que com tal nomeação se procurava homenagear a pessoa.

António José Rodrigues disse...

Eles estendem a capa uns aos outros para se protegerem em grupo para ofuscarem tudo que é tingido de vermelho.